Responsáveis por Parque do Quilombo dos Palmares culpam burocracia.
Em Serra da Barriga, a 80 quilômetros de Maceió, R$ 2 milhões foram investidos para criar no local o primeiro parque temático da cultura afro nas américas. O local onde ficava o núcleo do quilombo dos Palmares, foco de resistência contra a escravidão no Brasil colônia, já é ponto de peregrinação no mês de novembro, durante as comemorações da Consciência Negra.
Seis meses depois da inauguração, o memorial passa a maior parte do tempo vazio. Turistas raramente aparecem, e não é por acaso. Atá agora, nada do que foi planejado para manter uma visitação constante na Serra da Barriga começou a funcionar.
Restaurante, pavilhão de exposições, espaço para apresentações de dança e capoeira - tudo parado. Os equipamentos de som que dariam informações sobre a cultura afro em quatro idiomas já estão quebrados.
Esta semana, a Fundação Cultural Palmares, responsável pelo parque, regulamentou o funcionamento do memorial e criou um comitê para a administração. O presidente da fundação atribuiu a demora aos procedimentos exigidos pela lei.
"Nós temos que ter, primeiro, parecer técnico, depois, parecer da procuradoria jurídica. Posteriormente fazer a licitação pública. Posso assegurar, com absoluta certeza, que a partir do dia 1º de junho nós estaremos com o parque em plena atividade", disse Zulu Araújo, presidente da fundação.