quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A UNEGRO - Pernambuco Convida....



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Os movimentos sociais diante da integração da América Latina


Não foi por acaso que dezenas de entidades participaram, na segunda-feira (15), da Marcha pela Unidade Latino-Americana e Caribenha. Principal ato de convergência entre as diversas cúpulas que ocorrem desde sexta-feira (12) em Salvador, a animada passeata – com cerca de 10 mil participantes – ratificou a adesão e as expectativas dos movimentos diante de um continente cada vez mais livre e soberano.

“É importante que os jovens da América Latina possam se unir neste momento para construir uma saída soberana para a crise”, afirma Lúcia Stumpf, diretora nacional da UJS (União da Juventude Socialista) e presidente da UNE. Segundo ela, essa saída tem de garantir investimentos na juventude e na educação

A Oclae (Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes) assumirá o compromisso de articular tais interesses na região em meio às transformações. “A juventude, através da Oclae, vai marchar unida, a partir dessas cúpulas até o Fórum Social Mundial, direcionando todas as nossas forças para enfrentar cada debate e construir caminhos comuns”, diz Lúcia.

Outro entusiasta é Rubens Diniz, membro do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) e integrante da comissão que organizou a Cúpula dos Povos do Sul. “A integração latino-americana já faz parte das lutas dos movimentos sociais do continente. Não só os governos mas também os movimentos precisam estabelecer seus projetos – ver qual modelo de desenvolvimento e integração nós queremos.”

Para Rubens, a representatividade da comissão organizadora do encontro demonstra essa preocupação. “A cúpula integrou entidades que compõem a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), centrais sindicais, movimentos estudantil, comunitário, de mulheres, de negros e pela paz, além de organizações internacionais, como a rede Aliança Social Continental – da qual participam movimentos da América Latina e do Caribe.”

Artur Henrique, presidente da CUT, avaliou que a marcha de segunda-feira foi “um ato extremamente importante, bastante representativo, que mostrou a unidade do movimento sindical” na região. De acordo com Artur, “as centrais sindicais brasileiras assumiram a posição de vanguarda da organização da classe trabalhadora no Brasil e da luta por uma integração que tenha como centro o desenvolvimento econômico, com distribuição de renda, respeito ao meio ambiente e valorização do trabalho.”

Ressalvas

Apesar de apoiarem a luta pela unidade latino-americana e caribenha, alguns segmentos apontam insuficiências. É o caso dos trabalhadores do campo e do movimento negro. “Somos a favor da integração, mas ficaríamos mais contemplados se os debates se aprofundassem nos temas da soberania alimentar e da agricultura familiar”, declara João da Cruz, secretário de Políticas Agrícolas da Fetag-BA (Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Bahia).

Membro da coordenação nacional da Unegro (União de Negros pela Igualdade), Vicente Silva dos Santos também pondera sobre a articulação dos movimentos na região. “Ainda não podemos dizer que a pauta do movimento negro está contemplada. Falta uma visão mais clara, mais límpida, do que os negros precisam no Brasil, na América Latina e no Caribe.”

De Salvador,
André Cintra


FONTE: PORTAL VERMELHO


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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Barack Obama, pensando o significado da vitória após a festa

por Edson França*


No dia 4 de novembro o povo americano confirmou a eleição de Barack Obama para o cargo mais poderoso e cobiçado do planeta: presidência dos Estados Unidos da América.


No texto anterior disse que o fato de Obama vencer Hilary Clinton nas prévias do Partido Democrata e se tornar oficialmente candidato a Presidência da República de seu país com reais possibilidades de vitória, acusava um enorme avanço da sociedade americana. Sem precedentes, pois exigiu a superação de profundas feridas causadas por secular insanidade e ódio racial.

O resultado dessa eleição tem duplo significado: 1) maioria da população americana não está satisfeita com seus governantes e exige mudança; 2) vitória das políticas de ações afirmativas – caminho encontrado para combater o racismo e as desigualdades raciais nos EUA - sobre um mosaico racista composto pela superada lei segregacionista Jim Crow; sobre o terrorismo nazi-fascista da Ku Klux Klan, ainda presente no subterrâneo da sociedade americana; sobre a doutrina político-racista inspirada no apartheid sul-africano conhecida como “separetes but equals” (separados mais iguais); mais um histórico de agressões e falta de oportunidade aos negros. Várias opiniões estão sendo discutidas, o resultado eleitoral dos EUA continua em pauta, nos pontos de ônibus, botecos, campos de futebol da vázea, partidos políticos, sindicatos, nos restritos colóquios das elites políticas e intelectuais em todo planeta.

A eleição de um negro nos Estados Unidos representa uma vitória moral sobre o ultraconservadorismo racista, no entanto, nessa eleição, a questão racial se constituiu numa ínfima partícula, diante da vontade de mudança da massa proletária americana. Temos que aprofundar a reflexão sobre o significado da vitória de Barack Obama para os Estados Unidos, para luta dos negros contra a opressão racial e aos povos vítimas da agressão imperialista.

Lado de Obama

É importante destacar que é um erro esperar de Obama algo que não devemos esperar governo um progressista de qualquer americano eleito presidente, sendo ele democrata ou republicano, na atualidade não há forças revolucionárias ou de esquerda influenciando o processo eleitoral ou ameaçando o poder nos EUA. Por isso critico o texto “Obama fará o sonho de Martin Luther King?”, de Eduardo Galeano, postado no vermelho (www.vermelho.org.br). Galeano considera que a ascensão de Barack a presidência só se justificará se ele negar valores históricos (embora equivocados) da sociedade que o elegeu como líder maior; mudar o rumo da política externa de seu país; resolver o problema da imigração; empreender uma política de distribuição de renda, etc.

Sabemos que o Partido Democrata jamais oficializaria uma candidatura revolucionária ou de um presidenciável que representasse um atentado ao establisment, independente da cor de sua pele ou origem social. Há luta de classes na capital mundial do capitalismo, Barack Obama tem lado: da burguesia. Representa uma nova mentalidade, capaz de mobilizar grandes massas, por isso venceu o clã Clinton, numa batalha emperdenida. A escolha de Bush foi uma enorme falha da oligarquia financeira estadunidense.

Apesar do estilo diferenciado, Obama singrará um curso político benéfico ao império ianque, se empenhará para manter ou recuperar a hegemonia militar, política e econômica, ainda que o preço seja mais pobreza, exploração, terrorismo, mentira, medo, doença, opressão e guerra aos povos. De modo que a reflexão de Galeano tem uma distância suspeita de um componente importante no cenário analisado: o racial, por isso é unilateral. Desconsidera a história do poder nos Estados Unidos, as origens do presidente eleito, o peso das raças naquela sociedade e, ignora o fato do presidente eleito pertencer a uma minoria étnica num país profundamente racializado. Há recados importantes que o resultado da disputa eleitoral propagou: a enfática recusa da política ultraconservadora liderada por George Bush e o Partido Republicano; o lugar das raças/racismo nas sociedades contemporâneas.

Fracasso do Governo Bush

Barack Obama detectou há tempos a existência de um eloqüente consenso coletivo anti-bushiano, compreendeu a extensão dos erros cometidos pelo atual presidente, durante oito anos governou de costa para sociedade americana e opinião pública internacional. Foi fiel na aplicação de uma política econômica neoliberal, que têm reduzido postos de trabalho e corroído a riqueza da classe média americana desde a era Reagan. Seu governo fez opção em aumentar o gasto militar em detrimento do investimento em programas sociais, como educação e saúde. Abaixou ou perdoou, irresponsavelmente, impostos apenas dos mais ricos, permitindo alta evasão de divisa dos cofres públicos e mais dinheiro no bolso de quem tem muito.

O orçamento de Bush para área militar no ano fiscal de 2008 foi US$ 624,6 bilhões, isso compreende US$ 157 bilhões a mais que todo produto interno bruto da África do Sul - país mais rico do continente africano -, maior que a soma de toda economia anual portuguesa, maior que a produção de um ano da Suíça e da Noruega – para citar dois países ricos da Europa. O custo da agressão aos povos iraquiano e afegão (145 bilhões) é US$ 22 bilhões a mais que a soma de todo produto interno bruto dos dois países, de modo que a aplicação do recurso utilizado nas guerras fosse revertida para paz, inexistiria pobreza, recrudescimento do fundamentalismo religioso e atraso sócio-econômico nesses países ora agredidos. O ralo fiscal da guerra pesa bastante na economia estadunidense, quem está pagando o custo da insanidade bélica da camarilha bushiana, são a camada proletária e a classe média nos EUA, além dos povos que vivem em países pobres e não alinhados.

Bush foi leniente diante dos primeiros sintomas da crise, deixou o povo americano desprotegido. Hoje o império se encontra num atoleiro sem precedente, o capitalismo está diante de uma crise estrutural de caráter sistêmico, a mais grave das registradas desde o século 19. Bush está desmoralizado, contribuiu com o fim dos quase 65 anos do criminoso domínio econômico, político e militar do país que governou, acelerou falácia do prenunciado Fim da História e vitória definitiva do livre mercado, de Fukuyama.

Na política internacional Bush também acumulou fracasso. Teve como marca unilateralismo, beligerância, terrorismo de Estado, ameaça de destruição de soberanias dos países pobres e antiimperialistas, descumprimento de acordos – alegando a defesa da qualidade de vida do povo americano. Resultando em enfraquecimento da diplomacia ianque, crises e conflitos diplomáticos, isolamento político, tortura, recrudescimento das resistências e das guerras. Em razão dos oito anos ininterruptos de equívocos do governo cessante, os EUA se encontra desgastado interna e externamente, submerso ao desafio de salvar o capital, reconstruir uma imagem positiva para o império e restabelecer a esperança em seu povo. Há convicção de que algo precisa mudar, a era Bush fracassara, vai para história como o pior presidente dos EUA.

Barack Obama sintonizou-se ao estado de espírito do senso comum americano e encontrou uma palavra que expressou a medida exata dos anseios que afloravam: change (mudança em inglês). A promessa de mudança - potencializada sua credibilidade por uma candidatura negra - venceu o núcleo duro do establisment democrata, mobilizou a sociedade americana e em expressiva votação venceu o continuísmo simbolizado pelo senador John Mcain. O republicano compreendeu a enfática reprovação de seu correligionário que ocupava a Casa Branca, compreendeu que suas imagens estavam associadas e reconheceu a vitória do primeiro negro a presidente dos Estados Unidos.


Vitória de Obama e o enfraquecimento do racismo

A ascensão de Barack Hussein Obama, um negro filho de queniano, a Presidência da República dos Estados Unidos trouxe a luz a discussão racial. É importante considerar o simbolismo para a luta das minorias étnicas oprimidas a presença de um negro no mais alto cargo do país mais poderoso do mundo. As sociedades humanas estruturaram várias formas de dominação, com objetivo de estabelecer “o lugar social” para manter privilégios econômicos ou no acesso ao poder de poucos em detrimento de muitos, essa é a essência do racismo - uma ideologia que através do ódio domina gente. Secularmente, negros e índios, em todos os países do continente americano, tem desvantagens políticas, sociais e econômicas, justificadas pela cor da pele, cultura e religião.

Nos Estados Unidos o ódio racial sempre se explicitou sem pudor, sem cuidado, sem medo, não utilizou o rótulo da democracia racial, pois, é uma sociedade cuja maioria racial é branca, jamais se sentiu ameaçada pelas minorias. Pôde, sem medo - de convulsão social, sedição ou guerra –, exterminar os povos indígenas que comprometiam o projeto dos pioneiros e expor todo seu sadismo sobre a população negra - sem tergiversar. O racismo ianque nunca deu espaços para dúvidas, cordialidade ou diálogo, manifestou-se na sua forma bruta, romantizou o genocídio indígena e eternizou as mais brutais cenas de agressão contra a população negra até finais da década de 60 – comparável ao apartheid da África do Sul. Considerando esse quadro, considerando a permanência de conflitos étnicos nos Bálcãs, Cáucaso, África, Espanha, Irlanda, considerando a incidência do racismo em toda diáspora africana, negros e os povos vítimas da opressão etnorracial ou xenofobia comemoraram a vitória do filho do queniano em todo planeta.

A eleição americana suscitou o debate racial, embora provocado em várias ocasiões, Obama recusou transformar o tema em uma questão política, defendeu uma causa a serviço da coletividade americana, com isso ganhou apoio dos brancos e da juventude. Acreditou que é possível suplantar o conceito de raça. Tinha em mente o real sonho de Martin Luther King - ser julgado pelos seus atos e não pela cor de sua pele. Se acontecesse o contrário, não seria eleito. Sua vitória prova incontestemente que é possível construir sociedades pós-raciais. Essa convicção aponta para continuidade da luta contra o racismo, há possibilidades de superação dos conflitos baseados em intolerâncias com base na raça, cultura e religião. Compromete o status do racismo como instrumento eficaz de dominação, afinal perdeu sua justificação, na medida que o homem que ocupará o cargo mais poderoso do planeta é negro. Recoloca a predominância da contradição de classe, afinal Obama é burguês. Em síntese podemos dizer:

Sim, podemos realizar o sonho de King;
Sim, podemos individualmente ascender política e economicamente;
Sim, podemos eleger metalúrgico, índio, mulher, negro a Presidência da República;
Mas, atingiremos a verdadeira justiça quando construirmos um sistema social que distribua a riqueza coletivamente produzida, supere a desigualdade de classe, erradique a pobreza e estabeleça a paz. A saída para humanidade é o socialismo, não é essa a mudança que Obama propõe.




*Edson França, É Coordenador Geral da Unegro, membro do Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) e da coordenação da Conen-Coordenação Nacional de Entidades Negra



Fonte: Portal Vermelho


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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nossa Consciência Negra

Por Alexandre Braga [Terça-Feira, 18 de Novembro de 2008 às 19:50hs]

Ilustração por Daniel Carvalho/ Flickr

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é feriado em 335 cidades, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A data, que será tema de diversos eventos pelo país, lembra o dia em que foi assassinado,o líder Francisco Zumbi, do Quilombo dos Palmares, no ano de 1695. Herói e um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão.

Palmares de ontem e hoje
Havia em Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e outros estados cerca de 700 quilombos, 2600 comunidades remanescentes e milhares de insurreições que lutaram contra o jugo dos senhores de escravos, período que o sociólogo Clóvis Moura definiu como modo escravista colonial. Em 1971, ativistas do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, chegaram à conclusão de que o dia 20 de novembro tinha sido a data da execução de Zumbi e estabeleceram - na como Dia da Consciência Negra. Em 2003, a lei 10.639, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu a data como parte do calendário escolar. Mas, apesar dessa agenda de eventos para celebrar a negritude, a nossa consciência negra é fenômeno novo dentre as várias manias adotadas pelo povo. Hoje é “chique ser black”. É moderno cultivar os valores da “cultura black”, enquanto o fosso social entre brancos e negros ( os pretos e os pardos juntos ) mantém o apartheid brasileiro inalterado. O mito da democracia racial, por aqui, foi denunciado como mentira pela realidade socialmente perversa e pelos dramáticos indicadores sociais; que compravam que negro no Brasil está associado à miséria e exclusão social. Por exemplo, somente o IBGE calcula que precisaremos de pelo menos 20 anos de políticas voltadas para as ações afirmativas para colocar brancos e negros em níveis mínimos de igualdade.

Resistência
Portanto, a lembrança de datas como essas têm um viés político muito forte: a resistência venceu a escravidão. Por isso, suas atividades vêm carregadas de tempero emocional. Dessa forma, o Dia da Consciência Negra traz consigo tantas e variadas atividades, como as marchas para aumentar a consciência do pertencimento étnico, os protestos mais raivosos e justos, e as homenagens aos homens e mulheres negros ( Zumbi e Dandara, líderes da República de Palmares; Osvaldão, líder da Guerrilha do Araguaia; Machado de Assis, escritor; André Rebouças, engenheiro especialista em engenharia hidráulica-ferroviária e de portos; Chiquinha Gonzaga, compositora, pianista e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, João Cândido, líder da Revolta da Chibata, entre outros) que, de alguma forma, ajudaram na construção da riqueza da nação-continente mais negra fora do continente africano. E o maior significado desse dia é que longe do ranço contra quem quer que seja, hoje a população negra, ou os 49,8% do povo brasileiro, luta pelo cumprimento do plano de ação assumido na Conferência da ONU Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata em 2001 e pelas propostas da Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial, organizada em 2005 pelo governo brasileiro. Além disso, o Movimento Negro quer justiça social aos próprios negros, aos povos de tradição indígena e aos demais grupos que durante a construção dessa nação-continente tiveram seus direitos humanos violados. Ou seja, no século XXI o debate sobre as alternativas para o desenvolvimento sustentável, as soluções para superação
dos conflitos étnicos e o combate ao preconceito e às desigualdades sócio-raciais se dão entrelaçadas pelo culto à capacidade de resistência dos povos e pelo clamor por eqüidade. É inegável a herança africana na culinária, na dança, no ethos do nosso povo, mas é inegável também o atraso com que o Estado brasileiro trata essas questões. Às vezes quando as assumem o faz lentamente e de forma mais para negro ver do que para negro ter justiça e respeito de fato.

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Alexandre Braga é Coordenador de Comunicação da Unegro-MG e da Coordenação Executiva do FOMENE-Fórum Mineiro de Entidades Negras. Email:bragafilosofia@yahoo.com.br

Fonte: Revista Fórum


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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ONU pede fim da discriminação contra a mulher


WASHINGTON (AFP) - O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) fez um apelo em seu relatório anual, divulgado nesta quarta-feira, pelo avanço dos direitos das mulheres e pelo fim da discriminação contra a população feminina em todo o mundo.

Do um bilhão de habitantes mais pobres do planeta, 60% são mulheres e meninas, destaca o relatório 2008 sobre o estado da população mundial. Dois terços dos 960 milhões de adultos que não saben ler são mulheres, e 70% das crianças que não vão para a escola são meninas, segundo o documento.

A melhoria dos direitos das mulheres será mais fácil se os agentes capazes de operar as mudanças necessárias forem sensíveis à cultura local, indica o informe, destacando que as culturas ajudam a definir a maneira pela qual as pessoas interagem e influem em sua forma de ver o desenvolvimento.

"Fazer avançar os direitos humanos exige que se saiba apreciar a complexidade, a fluidez e o caráter central da cultura (...), trabalhando com os agentes locais de mudança", explica.

O Fundo reconhece a religião como um fator fundamental de várias culturas, mas adverte que, em alguns casos, também pode servir para justificar graves violações dos direitos humanos, como os crimes de honra.

A UNFPA publica um relatório anual sobre o estado da população desde 1996.


Fonte: Yahoo Notícias

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Na internet, Obama vence McCain de goleada


Se as eleições presidenciais dos Estados Unidos acontecessem no ciberespaço, o democrata Barack Obama venceria por goleada. Tudo por causa de sua popularidade entre as gerações mais jovens e pela habilidade dos estrategistas de sua campanha em usar as novas tecnologias.


Site de McCain é 10 vezes menos visitado que o de Obama

Aos 47 anos, o candidato arrecadou na internet, para a campanha, dezenas de milhões de dólares a mais que John McCain, o adversário republicano. O próprio McCain — que, aos 72 anos, que pode ser o presidente mais velho a governar o país — admitiu não saber sequer utilizar um computador.

''A internet é parte integrante da estratégia de Obama'', afirma Michael Malbin, diretor do Instituto de Financiamento de Campanhas. ''Obama usa a internet não apenas para arrecadar fundos — mas também para convocar um exército de voluntários.''

O trunfo do candidato democrata é seu site de relacionamento on-line (mybarackobama.com), “onde as pessoas podem se reunir''. Malbin acrescenta: ''Ninguém antes dele havia integrado a internet à campanha a este ponto, é algo totalmente novo''.

Para Julie Germany, diretora do Instituto de Política, Democracia e Internet na Universidade George Washington, os assessores do candidato democrata souberam aproveitar as últimas novidades tecnológicas. ''Utilizaram a internet para reunir informações sobre as pessoas — o endereço, código postal, seus amigos e até mesmo as causas que defendem''.

O resultado é excepcional: Obama reúne mais de 1,9 milhão de partidários no site de relacionamentos Facebook, contra 550 mil de McCain. Em outra site popular de socialização, o MySpace, o candidato republicano tem 150 mil seguidores registrados, contra 650 mil do democrata.

No MySpace, os pró-Obama esmagam os pró-McCain em 45 dos 50 estados do país. McCain vence apenas no Mississippi e consegue empatar com o rival em outros quatro estados. Além disso, 91.000 simpatizantes se inscreveram nos boletins informativos sobre Obama no Twitter — um emergente site de socialização e mensagens em tempo real, ante 2.100 de McCain.

Os dois candidatos têm canais próprios no portal YouTube, onde disponibilizam vídeos. Obama também vence nesta categoria, já que seus vídeos foram assistidos 16,6 milhões de vezes, contra apenas 1,6 milhão do republicano — ou seja, dez vezes a menos. Além disso, alguns sites comunitários, como blackplanet.com (para os negros), o glee.com (para os homossexuais) e o migente.com (para os latinos), até mesmo o asianave.com (para pessoas de origem asiática), têm páginas próprias oficiais consagradas a Obama.

O pesquisador Aaron Smith, da divisão de internet do centro de análises Pew, adverte: o apoio a Obama no ciberespaço reflete de forma desproporcional a presença de jovens ''educados e conectados'' entre seus partidários. ''É lógico que seus partidários sejam mais ativos on-line, mas isto não quer dizer que todos eles votarão no dia 4 de novembro'', disse, em uma referência ao fato de o voto ser facultativo nos Estados Unidos.

''Não podemos nos esquecer que todos estes artefatos só terão utilidade se contribuírem para levar as pessoas aos locais de votação'', concordou Julie Germany.



Fonte: Site do Vermelho

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Reforma da carreira é necessária para melhorar Educação


Uma reforma da carreira para os profissionais da educação, incluindo melhorias salariais, é a principal mudança para melhorar o ensino no país. Esta é a opinião de 94% dos 8 mil professores entrevistados pela pesquisa A Qualidade da Educação sob o Olhar do Professor, da Fundação SM e a Organização dos Estados Ibero-Americanos.

“Hoje é muito difícil o professor ter uma carreira que o valorize e dê perspectivas para o futuro. Isso porque os planos de carreira sofrem, a cada mudança de governo, intervenções ao sabor da política que aquele governador ou prefeito acha que deve ser”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.

Para ele, o projeto de lei que estabelece diretrizes nacionais para a carreira docente, que hoje tramita no Congresso Nacional, pode ser decisivo para mudar o cenário.

80% dos professores se sentem desvalorizados

Mais de 80% dos professores se sentem desvalorizados pela sociedade. O cenário não muda dentro da escola, onde 75% acha que a administração do colégio ou mesmo da secretaria de educação de sua cidade não reconhecem a importância da categoria. A constatação é da pesquisa A qualidade da educação sob o olhar do professor, da Fundação SM e da Organização dos Estados Ibero-americanos. Mais de 8 mil professores em 19 estados participaram do estudo.

"O fato de não serem valorizados [professores] como profissionais, sem perspectiva de bons salários ou de uma carreira, leva a um processo de desvalorização. Os jovens não procuram o magistério, o que cria um efeito dominó", comenta o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.


Fonte: AE

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ministro da Educação do Brasil instala comissão para universidade luso-afro-brasileira


A comissão terá prazo até meados do ano que vem para elaborar o projeto político-pedagógico, que estabelecerá a forma de acesso dos alunos à instituição, processos seletivos e concursos públicos.


Brasília - O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou, terça-feira(14), da solenidade de instalação da comissão de implantação da Universidade Federal de Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab).

Ele afirmou que a intenção no governo Lula é promover, por meio da instituição, uma maior integração com os países da África e do Timor Leste.

“A intenção é forjar um projeto pedagógico que promova essa integração, valorizando a língua e o intercâmbio de conhecimento científico. Há vários problemas comuns que são enfrentados por regiões brasileiras e países africanos no âmbito da agricultura, saúde pública, formação de professores e isso pode ser potencializado pela ação da nova universidade que nasce hoje”.

Segundo ele, a Unilab pretende viabilizar o intercâmbio de conhecimento que é comum nesses países. “Estamos instalando a comissão que terá prazo até meados do ano que vem para elaborar o projeto político-pedagógico, que estabelecerá a forma de acesso dos alunos à instituição, processos seletivos e concursos públicos para contratação de docentes. A premissa para que tudo isso seja desdobrado é um projeto acadêmico voltado para a integração”.

De acordo com o reitor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e coordenador da comissão de implantação da nova universidade, Paulo Speller, a Unilab e outras duas universidades federais de integração internacional - a Unila Latina Americana e a Universidade Federal da Integração da Amazônia Continental - buscam a integração com outros países.

“A Unilab busca a integração com os países de língua portuguesa, africanos e asiáticos, nos quais metade dos alunos serão brasileiros e metade estrangeiros, desenvolvendo parcerias e atividades com os governos, universidades e instituições desses países com o foco maior no continente africano.” As informações são da ABr.

Fonte: Site África 21

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

VII Edição do NegroSambaSim realizado pela UNEGRO - Pernambuco -> Você não pode perder!!!


Debate incompleto

por Luciano Siqueira*



Não sei pelo resto do país afora, mas cá na província o debate eleitoral passou ao largo das questões nacionais. Como bem assinalou o pesquisador Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco, mais parecia uma disputa para síndico.
Por que tanta estranheza? Pelo fato de que no Recife a tradição é de embates eleitorais altamente politizados, nos quais os problemas locais sempre são debatidos relacionados com as questões nacionais. Em 2000 e 2004 foi assim.



Em 2000, João Paulo candidato a prefeito e o autor dessas linhas como vice, nosso discurso se apoiou num tripé: crítica à gestão anterior, defesa de nossas propostas para a cidade e combate ao governo federal, explorando os vínculos do então prefeito e candidato à reeleição Roberto Magalhães com FHC. Pautamos, assim, o confronto de idéias.



Em 2004 o esquema se repetiu, agora no tripé defesa do governo que fazíamos, crítica às propostas dos adversários para a cidade e defesa do governo Lula. Novamente os campos estiveram definidos com nitidez.



No pleito recém-encerrado, ao contrário, nada mais houve que a exaltação, por parte da Frente do Recife vitoriosa com a candidatura João da Costa (PT e mais quinze agremiações), da convergência política com os governos estadual (Eduardo Campos) e federal (Lula). Os oposicionistas Mendonça Filho (DEM) e Raul Henri (PMDB) fugiram como diabo foge da cruz da crítica ao governo Lula, pressionados pela popularidade do presidente; e um deles, Carlos Cadoca (PSC), misto de apoiador de Lula e de Eduardo e oponente de nossa gestão, condenado a uma postura dúbia, parecia mais perdido do que cachorro de mudança.



Tudo bem que a maré não estava pra peixe, daí a fuga das questões nacionais por parte dos oposicionistas. E do lado de cá, nadando de braçadas na onda do altíssimo índice de aprovação de nossa gestão, permitimos a prevalência da tese da continuidade administrativa como argumento mais fácil e provavelmente mais compreensível pelo eleitorado. Suficiente para vencer.



Porém há um prejuízo nisso. A campanha deve servir para esclarecer a população acerca dos problemas cruciais que a atinge. E isto não se dá reduzindo o debate apenas à problemática local. Mormente neste instante em que se inicia, em Pernambuco, um novo ciclo de crescimento econômico determinado em boa parte por decisões políticas nacionais, como a localização no Complexo Portuário de Suape de importantes empreendimentos industriais de ponta com grandes repercussões sobre a vida no Recife e no ambiente metropolitano.



*Luciano Siqueira, Médico





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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nordeste consolida renovação política, diz historiador


Das sete capitais nordestinas que decidiram em primeiro turno as eleições para prefeito, duas ficaram com o PT e cinco com PSDB, PV, PP, PSB e PCdoB. Para o historiador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Jaldes Menezes, o cenário comprova a renovação política verificada na região há pelo menos três eleições.

“Há um processo de desaparecimento de lideranças históricas da política nordestina. O caso mais emblemático é o de Salvador: embora ACM Neto [deputado federal pelo DEM] tenha sido bem votado, ele não vai para o segundo turno”, disse Menezes em referência ao enfraquecimento do carlismo, método de fazer política implantado pelo falecido Antonio Carlos Magalhães, o ACM, que foi senador e governou o estado.

O historiador ressalta que o coronelismo nordestino ainda persiste, mas não é mais hegemônico. Cada vez mais as capitais “dão o tom da política estadual”. Parte desse fenômeno deve-se à própria alteração demográfica da região. “A maioria do Nordeste agora é urbano. Na Paraíba, por exemplo,a capital, João Pessoa, tem 420 mil eleitores e Campina Grande, 400 mil. Juntos, os dois municípios polarizam mais da metade dos votos do estado”, afirmou.


Fonte: Agência Brasil


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A interminável onda Lula

Blog Conexão Brasília - André Gonçalves

Quase sem esforço, Lula foi o principal vencedor das eleições de ontem. Candidatos da base aliada do governo federal ganharam em 22 das 26 capitais. A oposição ficou reduzida a Curitiba, Cuiabá (MT), Teresina (PI) e São Luís (MA), cidades com isoladas vitórias do PSDB.

Dois resultados tiveram gosto especial para o presidente. Em todo o Brasil, apenas Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, e ACM Neto (DEM), em Salvador, encarnaram o espírito anti-Lula. E ambos ficaram de fora do segundo turno, derrotados por petistas ou parceiros do PT.

Há dois anos, Alckmin conseguiu a proeza de somar 37 milhões de votos na disputa presidencial. Não chegou a 8% disso ontem. Minado pelo apoio do companheiro (muy companheiro) de partido e governador José Serra a Gilberto Kassab (DEM), o “picolé de chuchu” foi fulminado.

Ao cair tão desajeitadamente, Alckmin expôs todos os rachas internos do PSDB. A maioria dos colegas aposta que ele deve deixar a legenda em breve. Aposta certeira mesmo é que o tucano vai entrar em um longo – talvez eterno – ostracismo eleitoral. O recado das urnas foi ainda mais contundente na Bahia. ACM Neto liderou quase todas as pesquisas, até que o “tema Lula” começou a tomar conta dos programas eleitorais, há três semanas.

“Grampinho”, como é conhecido em Brasília, foi alvo de bombardeios dos rivais João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT), que relembraram à exaustão uma declaração do democrata, em 2006, de que daria “uma surra” no presidente. ACM Neto tentou contemporizar, mas o tiro saiu pela culatra e o carlismo sofreu uma derrota com cara de derradeira.

Nove em cada dez especialistas em marketing político garantem que presidente e governador não transferem votos em eleições municipais. Pouquíssimos candidatos de oposição, entretanto, pagaram para ver. Em Cuiabá e Teresina, Lula foi mostrado com um aliado dos prefeitos reeleitos do PSDB.

Nem Beto Richa com sua esmagadora aprovação ousou confrontar o presidente. Ele até recebeu Serra e o governador mineiro Aécio Neves em Curitiba, mas nunca fez críticas diretas ao governo federal. O Palácio do Planalto, segundo o próprio Beto, sempre foi e continuará sendo um bom parceiro da prefeitura.

A base aliada de Lula também tem tudo para conseguir vitórias folgadas em quase todas as cidades em que haverá segundo turno. São Paulo, porém, deve virar o cavalo-de-batalha dos oposicionistas.

Se Lula conseguir inverter a tendência de queda de Marta Suplicy, completará o ciclo de vitórias municipais como uma onda perfeita. E com água suficiente para afogar a oposição nos dois anos que faltam para a sucessão de 2010.


Fonte: Jornal Gazeta do Povo


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Prefeitos eleitos em Pernambuco


Abreu e Lima - Flávio Gadelha - 65,08%
Afogados da Ingazeira - Totonho Valadares – 49.13%
Afrânio - Carlos Cavalcanti Fernandes – 64,27%
Agrestina – Carmem Mirian – 53,43%
Água Preta – Eduardo Coutinho – 51,28%

Águas Belas – Genivaldo – 50,53%
Alagoinha – Maurílio – 65,95%

Aliança – Azoka – 60,13%
Altinho – Sávio Omena – 53,41%
Amaraji – Jânio Gouveia – 60,05%

Angelim – Calado – 55,03%
Araçoiaba – Cuscuz – 40,20%
Araripina – Lula – 56,86%
Arcoverde – Zeca – 75,13%
Barra de Guabiraba – Bebeto – 64,50%
Barreiros – Toinho – 51,26%
Belém de Maria – Dinho – 51,69%
Belém de São Francisco – Gustavo Caribé – 58,68%
Belo Jardim – Marco Coca-cola – 50,95%
Betânia – Eugênia Araújo – 73,84%
Bezerros – Bete de Dael – 51,41%
Bodocó – Birvaldo – 64,61%
Bom Conselho – Judith Alapenha – 42,72%
Bom Jardim – João Lira – 59,73%
Bonito – Dr. Ruy – 50,36%
Brejão – Sandoval – 53,23%
Brejinho – Vanderlei – 51,10%
Brejo da Madre de Deus – Dr. Edson – 51,29%
Buenos Aires – Gislan Alencar – 51,05%
Buique – Jonas Camêlo – 51,87%

Cabo de Santo Agostinho - Lula Cabral - 60,48%
Cabrobó – Eudes Caldas – 55,70%
Cachoeirinha – Beto – 52,66%
Caetés – Sampainho – 54,26%
Calçado – Zé Elias – 52,34%

Calumbi – Joelson – 50,58%
Camocim de São Félix – Neno – 50,32%
Camutanga – Trigueiro – 53,99%
Canhotinho – Álvaro Porto – 63,17%
Capoeiras – Dudu – 55,34%
Carnaíba – Ancheita Patriota – 80,88%
Carnaubeira da Penha - De. Manoel - 49,85%
Carpina – Botafogo – 50,95%
Caruaru - Zé Queiroz - 63,84%
Casinhas – João Camêlo – 65,25%
Catende – Otacílio Cordeiro – 46,57%
Cedro – Neguinho de Zé Arlindo – 51,82%
Chã de Alegria – Cláudio Honório – 64,18%
Chã Grande – Diogo – 59,29%
Condado – Dr. Edberto – 69,94%
Correntes – Junior – 50,62%

Cortês – Geninho – 55,09%
Cumaru – Eduardinho – 50,95%
Cupira – Sandoval – 74,17%
Custodia – Nemias – 53,23%
Dormentes – Geomarco – 56,20%
Escada – Jandelson Gouveia – 53,21%
Exu – Léo Saraiva – 51,30%
Feira Nova – Marilene Chaves – 54,44%
Ferreiros – Celma Veloso – 52,38%
Flores – Marconi Santana – 50,44%
Floresta – Rorró – 51,20%
Frei Miguelinho – Lula da Capivara – 51,01%
Gameleira - Major Ramos - 50,52%
Garanunhs – Luiz Carlos – 54,45%
Glóriado Goitá – Djalma Paes – 52,65%

Goiana – Henrique – 35,38%
Granito – Dr. Ronaldo – 58,80%
Gravatá – Ozano – 49,69%
Iati – Alexandre Tenório – 53,46%
Ibimirim – Padre Marcos – 52,61%
Ibirajuba – Galego – 53,13%
Igarassu - Gesimário - 56,11%
Iguaraci – Alberico – 56,04%
Itamaracá – Rubinho – 52,10%
Inajá – Airon – 52,83%
Ingazeira – Luciano Torres – 52,05%
Ipojuca – Pedro Serafim – 69,02%
Ipubi – Chico Siqueira – 81,94%
Itacuruba – Romero – 54,10%
Itaiba – Marivaldo Bispo – 58,23%
Itambé – Fred – 53,33%
Itapetim – Adelmo Moura – 80,72%
Itapissuma – Cal Volia – 53,70%
Itaquitinga - Doutor Geovani – 57,41%
Jaboatão dos Guararapes - Elias Gomes - 53,63%
Jaqueira – Amadeu Henrique – 56,17%
Jataúba – Sinaldo – 56,324%
Jatobá – João Gomes – 50,96%
João Alfredo – Severino Cavalcanti – 52,31%
Joaquim Nabuco – João Carvalho – 34,56%

Jucati – Gerson – 52,23%
Jupi – Celina do Cartório – 58,57%
Jurema – Galego – 52,13%
Lagoa de Itaenga – Jackson Barros – 58,45%
Lagoa do Carro – Judite Botafogo – 53,50%
Lagoa do Ouro – Junior Marques – 77,43%
Lagoa dos Gatos – Reynaldo – 55%
Lagoa Grande - Jorge Garziera - 53,22%
Lajedo – Antônio João – 55,47%
Limoeiro – Antônio Teoblado – 59,06%
Macaparana – Maviael Filho – 64,87%
Machados – Cido – 61,05%
Manari - Otaviano Martins - 68,54%
Maraial – Marquinhos Maraial – 38,44%
Mirandiba - Bartolomeu - 57,26%
Moreilândia – João Angelim – 49,51%
Moreno – Edvard – 53,81%
Nazaré da Mata – Nado – 49,33%
Olinda - Renildo Calheiros - 56,43%
Orobó – Manoel João – 59,46%
Orocó – Dedi – 50,04%
Ouricuri - Ricardo Ramos - 46,58%
Palmares – Beto – 51,60%
Palmerina - Eudson Catão – 51%
Panelas – Sérgio Miranda – 56,57%
Paranatama – Zé Teixeira – 52,67%
Parnamirim – Nininho – 32,29%
Passira – Miguel Freitas – 55,65%

Paudalho – Fernando Moreira – 45,95%
Paulista – Yves Ribeiro – 34,98%
Pedra – Francisco Braz – 50,79%
Pesqueira - Cleide Oliveira - 45,71%
Petrolândia – Lourivaldo Simões – 53,59%
Petrolina – Dr. Julio – 59,54%
Poção - Roberivan – 53,60%
Pombos – Jane Povão – 54,85%
Primavera – Galego do Gás – 35,37%
Quipapá – Reginaldo Machado – 61,78%
Quixaba – Zé Pretinho – 59,58%
Recife - João da Costa - 51.54%
Riacho das Almas – Dió – 53,74%
Ribeirão - Clóvis Paiva – 58,72%
Rio Formoso – Dr. Hely – 34,55%
Sairé – Everaldo – 54,11%
Salgadinho – Luis Belo – 56,03%
Salgueiro – Dr. Marcones – 51,33%
Saloá – Gilvan – 55,20%
Sanharó – César – 62,20%
Santa Cruz – Eliane Soares – 78,47%
Santa Cruz da Baixa Verde – Dr. Fanao – 54,57%
Santa Cruz do Capibaribe – Toinho do Pará – 53,74%
Santa Filomena – Evaneide Melo – 53,78%
Santa Maria da Boa Vista – Leandro Duarte – 50,16%
Santa Maria do Cumbucá - Elizeu Tunino - 58,01%
Santa Terezinha - Delson - 58,36%
São Benedito do Sul - Cláudio Amorim - 50,42%
São Bento do Una - Padre Aldo - 63,25%
São Caetano - Jadiel - 56,55%
São João - Dr.Pedro Barbosa - 57,52%
São Joaquim do Monte - Zé do Birro - 55,82%
São José da Coroa Grande – Barbosa – 58,33%
São José do Belmonte - Rogério Leão - 56,89%
São José Egito - Evandro Valadares - 59,09%
São Lourenço da Mata – Ettore Labanca – 50,14%
São Vicente Férrer – Pedoca – 50,65%
Serra Talhada – Carlos Evandro – 51,94%
Serrita – Carlos Cecílio – 60,30%
Sertânia - Cleide - 52,75%
Sirinhaém - Fernando Urquiza - 50,67%
Solidão - Cida - 63,24%
Surubim - Dr. Flávio Nóbrega - 64,78%
Tabira - Dinca - 48,98%
Tacaimbó - Washington - 52,41%
Tacaratu - Dadau - 83,92%
Tamandaré - Hildo Hacker - 54,85%
Taquaritinga do Norte - Evilázio - 50,62%
Terezinha - Alexandre de Sitonho 81,42%
Timbaúba - Marinaldo - 57,62%
Terra Nova – Pedro Freire – 60,38%
Toritama - Flávio Lima - 30,39%
Tracunháem - Graça Lapa - 40,53%
Trindade - Gerôncio - 50,65%
Triunfo - Doutor Luciano - 72,56%
Tupanatinga – Manoel Tomé – 57,35%
Tuparetama - Sávio Torres - 56,63%
Venturosa - Dr. Eudes - 62,60%
Verdejante - Haroldo Tavares - 81,71%
Vertente do Lerio - Dra Wélita - 56,30%
Vertentes - Romero Leal - 65,32%
Vicência - Dr. Paulo 53,27%
Vitória de Santo Antão - Elias Lira - 49,39%
Xéxeu - Gel de Marcos - 63,30%


Fonte: Portal pernambuco.com


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Composição da Câmara de Vereadores de Petrolina - PE

PartidoVotos%válidos
PMN


MÁRCIA CAVALCANTE333333.2892,60
PSL


ANATELIA174562.1631,71
OSORIO SIQUEIRA178902.9592,34
PRTB


IBAMAR FERNANDES286502.7012,14
PMDB


DR. PERSIO151233.1132,47
DEM


RAIMUNDA SOL POSTO256122.4111,91
PSDB


DEDE DA SIMPATIA450452.8412,25
PSB


ZENILDO DO ALTO DO COCAR407892.5822,04
JUSSARIA401233.4792,75
MARIA ELENA406133.7432,96
OSINALDO405552.7582,18
PTC


ENFERMEIRO MAJOR364442.3521,86
ALVORLANDE368002.4551,94
PT


CRISTINA136882.2381,77

Eleições 2008 - Petrolina - PE (Resultados para Prefeito)

CandidatoColigaçãoVotos%válidos

DR. JULIO15PMDB - DEM - PSDB73.25259,54
GONZAGA PATRIOTA40PT do B - PSC - PSB - PTN - PV - PTC - PC do B - PT - PTB - PRTB - PRP - PR - PP - PSDC - PDT - PPS - PRB - PMN - PSL - PHS46.75238,00
ROSALVO50PSOL3.0242,46
total%
Brancos: 1.8241,38
Nulos: 7.0935,38
Total de votos válidos: 123.02893,24
Eleitores: 153.949-
Comparecimento: 131.94585,71
Total de seções: 459-
Seções totalizadas: 459100,00

Novos vereadores de Juazeiro - Ba

PartidoVotos%válidos
PV


ZÉ CARLOS MEDEIROS431902.4952,61
NEGUINHA DA SANTA CASA430001.6281,70
PTB


PROF. NILSON146101.6471,72
PC do B


651231.9592,05
PSDB


ALEX TANURI456781.8481,93
BENÉ MARQUES452221.9932,08
PMDB


DAMIÃO MEDRADO158002.2892,39
RONINHO155551.9442,03
PSL


JANE175171.9071,99
PT do B


MOZANIEL704442.4902,60
SUZANA DE ZORÓ701232.9923,13
PT


MITONHO VARGAS136601.1751,23
LEONARDO BANDEIRA135671.4731,54

Resultado das eleições em Juazeiro - BA

Candidato:ColigaçãoVotos%válidos

ISAAC65PTC - PR - PC do B - PP - PSDB - PT do B36.26238,21
MISAEL15PSL - PHS - PMDB - PRTB - PRB - DEM - PTB30.19831,82
JOSEPH BANDEIRA13PT - PPS - PSDC - PMN23.16724,41
ROBERTO CARLOS12PDT - PV - PCB - PSB - PSC3.4893,68
WANK MEDRADO44PRP1.4851,56
PEDRINA50PSOL2980,31
total%
Brancos: 1.1001,09
Nulos: 5.1775,12
Total de votos válidos: 94.89993,80
Eleitores: 119.601-
Comparecimento: 101.17684,59
Total de seções: 374-
Seções totalizadas: 374100,00

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cultura: A dama do Barro Ana das Carrancas dá adeus á Petrolina deixa Saudades...


Artigo especial

Ana das carrancas, a alma do barro

Por Carlos Larte

Jornalista

As carrancas espantam maus espíritos, contam as lendas. Mistura de homem e animal, elas saíram da proa das embarcações para virar elementos decorativos e de estudo em muitos idiomas. E foi em Petrolina-PE, que Ana Leopoldina dos Santos fez das barrancas do Rio São Francisco, as Carrancas de barro.

Filha sertaneja de Ouricuri-PE, ela modelou as primeiras peças ao compasso de uma promessa: tirar seu marido cego das ruas onde pedia esmolas e educar as filhas. Daí em diante um traço marcante caracterizou o trabalho cada vez mais reconhecido em várias partes do mundo. As peças de Ana das Carrancas têm sempre os olhos vazados. Uma metáfora da própria vida da artesã. Mas ela consegue sublimar as dificuldades, transformando-as em desafios expressivos de uma arte primitiva, vigorosa e fantástica.

Ana das Carrancas, nascida do bafo da Caatinga, goza da fertilidade das águas, da perspectiva do fogo. Do forno caseiro à espera da “queima” das futuras “filhas”, que virão na forma de cinzeiro, vasos, mesas, barcos, Barro em ebulição. Um prolongamento da alma, feito pura argila. Do mesmo pó ao qual inevitavelmente retornaremos.

Fonte: Blog do Mágno

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Eleições 2008 Parte II - Pesquisa em Petrolina: Lóssio lidera com 60%

A quatro dias das eleições, o instituto Arcerte divulgou mais uma pesquisa sobre a sucessão municipal em Petrolina, na qual o candidato do PMDB, Julio Lóssio, aparece na frente com 60,7 contra 28,9% do socialista Gonzaga Patriota. O levantamento foi feito entre os dias 25 e 27 de setembro, num universo de 800 pessoas. Quanto à rejeição, Patriota tem 44,4% contra 14,4% de Lóssio. Dos entrevistados, 14% não responderam e 5% afirmaram que anularão o voto. O registro da pesquisa foi feito na 83ª Zona Eleitoral de Petrolina sob o número 2008.083.010.


Fonte: Blog do Mágno Martins

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Esporte : Torcida acolhe o futuro presidente

Torcida acolhe o futuro presidente
Fernando Bezerra Coelho recebeu o carinho dos tricolores ontem à tarde, no Arruda




GUSTAVO LUCCHESI

Ontem, no último ensaio para a próxima terça-feira, dia marcado para a posse do novo presidente do Santa Cruz, as Repúblicas Independentes do Arruda já acolhiam, de braços abertos, o seu futuro comandante, o atual secretário de Estado, Fernando Bezerra Coelho. Bastante concorrida, a cerimônia para empossar o novo presidente do Conselho Deliberativo, o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Bartolomeu Bueno, foi rápida. Com o auditório do Mais Querido abarrotado por dezenas de torcedores e vários ex-dirigentes do clube, o atual mandatário coral, Édson Nogueira, o Edinho - bastante vaiado por alguns torcedores toda vez que ia falar ou até mesmo quando era apenas citados pelos membros da mesa -, deu abertura à solenidade, convocando o senador Marco Maciel (DEM) para representar toda a nação tricolor e depositar o único voto simbólico na urna, empossando Bueno no seu novo cargo.


No seu discurso, Bartolomeu exaltou bastante toda a corrente criada para tirar o Mais Querido da atual situação em que se encontra e, como todo torcedor coral, já começou a enxergar futuras comemorações de títulos. “O dia de hoje (ontem) representa uma nova Era que surge no Santa Cruz. A partir de agora, uma palavra vai caracterizar a nossa gestão: perseverança. Quero ver o Arruda lotado novamente e a torcida gritando é campeão!”, declarou o novo homem-forte do Deliberativo.


Apesar de só tomar posse do seu novo cargo no dia 7 de outubro, Bezerra Coelho já falou como presidente da Cobra Coral. “Estou ciente da responsabilidade que assumi, hoje (ontem) de maneira oficial, e vou me esforçar ao máximo para não decepcionar toda essa torcida”.


Com status de novo popstar do Arruda, o futuro mandatário do Terror do Nordeste deu até autógrafos para alguns torcedores e teve a maior paciência para atender a todos os pedidos dos tricolores que queriam tirar foto com ele. “Já vivi muitas emoções na minha vida política, mas essa é bem diferente e única. Porém, sei que o torcedor cobra muito mais que o eleitor e quero começar a trabalhar o mais rápido possível”, disse Bezerra Coelho, ainda informando que o diretor de futebol da sua gestão só será anunciado no final de outubro ou início de novembro.


Sobre os resultados da viagem da comitiva coral ao Rio Grande do Sul e a São Paulo, o novo comandante do Mais Querido se mostrou animado e anunciou novidades. “Aprendemos muito com a forma de trabalho do Internacional, que arrecada R$ 2 milhões por mês, só com os sócios. Com isso, darei início à contagem de todos os torcedores tricolores do Estado, lançando o Censo Tricolor no dia da minha posse. Já em São Paulo, a reunião com a Deloitte foi excelente, queremos pesquisar um pouco mais o mercado e vamos nos reunir com outra empresa, a Ernest Young, para aí sim decidirmos quem irá administrar o fundo de investimento da Santa Cruz S/A”, finalizou.

Fonte: Blog da Jornalista Josélia Maria

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lula diz que acordo ortográfico é "estratégico" para o mundo lusófono

Presidente considera que acordo aproxima mais o Brasil de outros países lusófonos, entre eles os africanos, com os quais espera que aumente o comércio de produtos editoriais.

Da Redação com agências

Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (29) que o Brasil "se reencontrou" ao assinar o decreto que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que definiu como "estratégico" e que entrará em vigor em janeiro próximo.

Segundo Lula, o acordo aproxima mais o Brasil de outros países lusófonos, entre os quais destacou os africanos, com os quais espera que aumente o comércio de produtos editoriais graças à nova ferramenta ortográfica da língua de Camões.

"O acordo tem uma importância maior do que pode parecer à primeira vista", disse o presidente, que afirmou ainda que a norma possui um "significado estratégico" para a cooperação entre os países lusófonos "e a própria presença da língua portuguesa e de nossa literatura no mundo".

Lula fez as declarações na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, onde assinou ontem (29) o decreto que dá sinal verde ao acordo que simplificará e unificará a forma como o português é escrito nos oito países em que é idioma oficial. "Quero destacar aqui o imprescindível resgate de nossos laços substantivos com a África, em particular com a África de língua portuguesa, que para nós representa mais, muito mais que uma prioridade geopolítica", completou o presidente.

Lula destacou que desde que chegou ao poder visitou 21 países da África como parte de uma política para resgatar o continente do esquecimento esse continente e reforçar laços comuns.

O acordo diz muito "de nossa alma, de nossa identidade como nação multiétnica e multicultural (...) É o reencontro do Brasil com algumas de suas raízes mais profundas", afirmou o presidente.

Lula assinou o decreto em um ato no qual a ABL celebrou o centenário da morte de Machado de Assis (1839-1908), o mais universal dos escritores brasileiros.

Na celebração, Lula encorajou os brasileiros a promoverem uma "revolução do livro e da leitura", para estender a cultura aos mais pobres e evitar que sejam perdidos novos gênios como Machado de Assis, de origem humilde e que foi o primeiro presidente da ABL.

"Não cabe a mim discorrer sobre seus métodos literários. Vou destacar o aspecto central: filho de lavadeira, neto de escravo, poucos estudos regulares, aprendeu a trabalhar como aprendiz de tipógrafo", resumiu o presidente, ao falar do renomado escritor brasileiro.

O acordo ortográfico foi aprovado em dezembro de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. O Timor-Leste aderiu ao projeto em 2004, dois anos após sua independência da Indonésia.

Para entrar em vigor, o acordo necessitava da ratificação de, no mínimo, três países, o que foi obtido em 2006 com Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. O Parlamento de Portugal deu o sinal verde ao projeto em maio deste ano.

No Brasil, a nova norma entrará em vigor em janeiro de 2009, e sua implantação será feita de forma gradual, de modo que as novas normas chegarão aos textos escolares em 2010 e serão obrigatórias a partir de 2012.

A reforma estabelece 21 bases de mudanças na língua portuguesa, tais como a supressão do trema, novas regras para o uso do hífen, a inclusão das letras "k", "w" e "y" no alfabeto e também novas regras de acentuação.


Fonte: África 21

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