segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nordeste consolida renovação política, diz historiador


Das sete capitais nordestinas que decidiram em primeiro turno as eleições para prefeito, duas ficaram com o PT e cinco com PSDB, PV, PP, PSB e PCdoB. Para o historiador da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Jaldes Menezes, o cenário comprova a renovação política verificada na região há pelo menos três eleições.

“Há um processo de desaparecimento de lideranças históricas da política nordestina. O caso mais emblemático é o de Salvador: embora ACM Neto [deputado federal pelo DEM] tenha sido bem votado, ele não vai para o segundo turno”, disse Menezes em referência ao enfraquecimento do carlismo, método de fazer política implantado pelo falecido Antonio Carlos Magalhães, o ACM, que foi senador e governou o estado.

O historiador ressalta que o coronelismo nordestino ainda persiste, mas não é mais hegemônico. Cada vez mais as capitais “dão o tom da política estadual”. Parte desse fenômeno deve-se à própria alteração demográfica da região. “A maioria do Nordeste agora é urbano. Na Paraíba, por exemplo,a capital, João Pessoa, tem 420 mil eleitores e Campina Grande, 400 mil. Juntos, os dois municípios polarizam mais da metade dos votos do estado”, afirmou.


Fonte: Agência Brasil


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