terça-feira, 30 de setembro de 2008

CRISE NA SAÚDE

Avança criação das fundações


Governo define hoje os nomes das pessoas que vão administrar os principais hospitais do Estado. Idéia é descentralizar demandas e agilizar as atividades

Enquanto servidores da Saúde seguem parados em greve ideológica contra as fundações de direito privado, que serão responsáveis pelo comando dos principais hospitais públicos de Pernambuco, o governo dá o primeiro passo, na prática, para implantar o novo sistema de gestão. Hoje, serão definidos os nomes das pessoas que vão passar a ocupar a direção e as gerências médicas, administrativas, de suprimentos e engenharia e de manutenção nos Hospitais da Restauração, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães, Barão de Lucena e Regional do Agreste, em Caruaru.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) comunicou que os nomes, fechados hoje, vão ser publicados no Diário Oficial até o fim desta semana. Assim que a lista for publicada, os servidores já assumem a nova função. Grande parte dos diretores atuais das emergências deve ser mantida no posto. As 30 vagas de diretores e gerentes vão ser ocupadas por meio de uma seleção simplificada. O organograma atual dos hospitais conta apenas com um diretor-geral e um vice-diretor. Conforme a SES, eles ficam sobrecarregados com processos de compra, licitação e manutenção das unidades.

Com a implantação das gerências, a idéia é descentralizar as demandas e conferir maior qualidade e agilidade às ações. Hoje, se ocorrer, por exemplo, um problema hidráulico em uma unidade de saúde, o diretor tem que resolver.

O estatuto da Fundação Josué de Castro ainda não foi concluído. Segundo a assessoria de imprensa da SES, o documento deve ser concluído até o fim de outubro. O vice-governador e secretário de Saúde, João Lyra Neto, assegurou que nenhum servidor vai perder direitos com a implantação das fundações. O governo vai organizar um sistema de pagamento por produtividade, mas, a carga horária original de cada funcionário será mantida. A diferença é que, agora, o funcionário vai poder optar se quer trabalhar mais para receber um salário maior no fim do mês.


Fonte: Jornal do Commercio – 30.09.2008